A informação foi avançada pelas autoridades ucranianas, que referem que os técnicos da central nuclear ucraniana foram forçados a recorrer a um método mais tradicional, com a utilização de contadores Geiger (aparelho utilizado para detectar diferentes tipos de radiações).

"Os técnicos estão a medir a radioatividade com contadores Geiger nas instalações da central, como fizemos durante décadas", afirmou Olena Kovaltchouk, porta-voz da agência governamental para a gestão da zona de exclusão de Chernobyl, esclarecendo que o sistema informático que gere automaticamente o controlo da radioatividade está inoperante.

O ataque informático ocorrido ontem teve contornos operativos que fazem recordar outro ataque ocorrido em Maio de 2016, tendo como alvos vários bancos e empresas na Ucrânia e na Rússia.

A carga informática propagou-se também a vários grandes grupos empresariais internacionais na Europa Ocidental e nos Estados Unidos.

Na Dinamarca, a transportadora marítima Maersk, o gigante publicitário britânico WPP e o grupo industrial francês Saint-Gobain confirmaram ter sido afectados pelo ataque informático, explicitando que os respectivos sistemas foram protegidos para evitar eventuais perdas de dados.

O laboratório farmacêutico norte-americano Merck informou que também foi atingido pelo ataque informático.

O Banco Central da Ucrânia informou que vários bancos e empresas ucranianos foram igualmente alvo do ataque, que provocou constrangimentos em diversos serviços, sobretudo ao nível dos pagamentos com cartões de crédito.