Este caso de pirataria junta-se ao sofrido pela Netflix há umas semanas, com a sua série "Orange Is The New Black" (Laranja É o Novo Negro), cuja quinta temporada, a estrear em junho, foi revelada na internet por um pirata que exigia um pagamento para não revelar os novos episódios.

A Disney, que está a colaborar com investigadores federais para solucionar este assunto, tem no horizonte imediato a estreia de filmes como "Piratas das Caraíbas: Homens Mortos Não Contam Histórias" ou "Carros 3".

O ataque afectou mais de 300 mil computadores em 150 países e foi de "um nível sem precedentes", admitiu o Serviço Europeu de Polícia (Europol).

Funcionários dos serviços de informações dos Estados Unidos e especialistas do sector privado suspeitam que piratas informáticos de Pyongyang estão por detrás do ciberataque.

Segundo o o jornal norte-americano New York Times, alguns dos códigos utilizados pelo vírus "WannaCry" coincidem com os utilizados em ataques informáticos norte-coreanos, como o que aconteceu em 2014 à empresa Sony, apesar de não ser uma prova definitiva do envolvimento de Pyongyang, já que piratas de outros países podem ter copiado o método.

A empresa californiana de segurança informática Symantec identificou numa versão de "WannaCry", o código dos ataques ao banco central do Bangladesh em 2016, a bancos polacos no início do ano ou à Sony Pictures Entertainment em retaliação pelo filme "The Interview", uma sátira do líder norte-coreano, Kim Jong-un.

De acordo com o New York Times, funcionários dos serviços de informações norte-americanos têm os mesmos indícios que a Symantec, e investigadores, tanto da empresa Google, como da firma russa Kaspersky, confirmaram as semelhanças do código.

No entanto, todos dizem que estas pistas não são definitivas.

O vírus "WannaCry" propaga-se aproveitando uma vulnerabilidade do sistema operativo da Microsoft, detectada pela Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, cujos dados foram roubados em Abril por piratas informáticos.

O vírus limita ou impede aos utilizadores o acesso ao computador ou a ficheiros, exigindo ao proprietário um pagamento em troca de um código para resolver o problema.

A China informou que já existe uma mutação no vírus que restringe ainda mais o acesso aos equipamentos infectados.

O ciberataque atingiu hospitais no Reino Unido, grandes empresas em França e Espanha, a rede ferroviária na Alemanha, organismos públicos na Rússia e universidades na China, entre outros serviços e instituições.