Estes rebeldes separatistas, identificados como fazendo parte de um grupo denominado Kata Katanga, entraram na cidade este fim-de-semana e, no seguimento dos combates com as forças da ordem, pelo menos 20 morreram antes de serem expulsos para a floresta.

Lubumbashi é a principal cidade da região mineira do Katanga, uma das mais ricas em recursos naturais do Congo-Kinshasa e há décadas que diversos movimentos se insurgem contra as autoridades de Kinshasa, exigindo a auto-determinação.

Nestes combates, segundo o relato feito pelo ministro do Interior da província, Philbert Kunda Milundu, foram mortos dois agentes da polícia e um militar, e ainda 17 rebeldes separatistas, embora sem qualquer confirmação independente.

Neste assalto a Lubumbashi, os rebeldes tentaram ainda libertar dezenas de prisioneiros detidos no cárcere provincial da cidade, tendo, no entanto, sido rechaçada a tentativa de assalto, embora quatro dos detidos tenham sido abatidos ao tentarem escapar.

Como sucesso simbólico, segundo testemunhas citadas pelas agências, os rebeldes conseguiram, por momentos, erguer a bandeira da autoproclamada República do Katanga, que "vigorou" entre 1960 e 1963.

O Estado do Katanga, ou República do Katanga, foi uma tentativa de separatismo face ao poder do então Congo-Leopoldville, liderada por Moise Tshombe, que liderava então a denominada Confederação das Associações Tribais do Katanga, um partido político que reivindicava a independência desta província, então uma das mais ricas devido ao seu subsolo onde abunda o cobre e o cobalto.

Esta efémera República foi dissolvida depois de fortes conflitos internos por uma força de ocupação organizada pelas Nações Unidas, que a reintegrou no Congo como província autónoma do Katanga.