Os signatários deste documento - Félix Tshisekedi, da UDPS, Jean-Pierre Bemba, líder do MLC, Moise Katumbi presidente do PPRD, Vital Kamerhe, do UCN, Adolphe Muzita, que lidera o ULP e Antipas Mbusa, que dá a cara pela FR - acordaram em criar condições para apresentaram aos eleitores um programa comum de forma a responder a vontade clara de mudança na RDC.

Esta plataforma de entendimento surge depois de Bemba e Katumbi (na foto), dois dos mais sonantes nomes da política congolesa, terem sido impedidos pelo tribunal eleitoral de se apresentarem como candidatos, o primeiro porque sobre ele ainda pende uma acusação no Tribunal Penal Internacional, e o segundo porque não lhe foi autorizada a emissão de documentos de identificação pessoal na embaixada de Bruxelas, onde está exilado devido a outras questões na justiça congolesa.

No entanto, mesmo antes de ter sido impedido de se candidatar, Bemba, logo que foi libertado pelo TPI a meio de uma pena de 18 anos que cumpria por crimes de guerra que terá cometido em 2002, na RCA, enquanto "senhor da guerra", e antes de chegar em apoteose a Kinshasa, avançou com a sua disponibilidade para negociar uma candidatura única forjada no seio da oposição.

No mesmo documento, os seis lideres pedem que a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) envie para a RDC uma força regional para garantir a segurança do processo eleitoral, os candidatos e a população, bem como a participação activa da missão da ONU no país, a MONUSCO, no que concerne ao transporte do material eleitoral e em todo o lado logístico das eleições marcadas para 23 de Dezembro, onde se acumulam as presidenciais, regionais e parlamentares.

E, entre outras exigências, reforçam a rejeição das máquinas de voto electrónico propostas pela comissão eleitoral, por desconfiarem da sua fiabilidade, a limpeza dos cadernos eleitorais, de onde devem sair os eleitores inscritos sem impressões digitais recolhidas.