Esta é uma passagem de força, das muitas contidas nas páginas do célebre livro "A insustentável leveza do ser", escrito em 1984 pelo checo Milan Kundera.

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Se me perguntarem sobre as razões que levaram a transportar para o meu "chá" de hoje um fragmento desta obra incontornável da literatura mundial, responderei que sim, que se deve ao clima de paixão que vivemos, comparável (relevem o exagero, pois multidões e tanques nas ruas, jamais) aos dias da "primavera de Praga" que o livro retrata. Esse ambiente feito de amor, política e de intrigas, tal como o de Praga em 1968, é também envolto por um manto de incertezas e oportunismos, comuns em situações como a que assistimos, de uma certa revolta, e resulta, no nosso caso, no estado de febre alta que parece queimar todos os dias as entranhas vazias de razão da pátria angolana.

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