E fê-lo a contramão do palpitar político do país. Sem nenhum pruído de alma, apesar de serem muitos os que se têm manifestado contra a actual Constituição e têm dito claramente que são a favor de uma revisão constitucional.

João Lourenço não quer saber se o país vem assim formando um consenso alargado sobre a necessidade de se proceder à revisão da Constituição 2010 que tem uma história maldita de ter sido imposta por JES a todos os quadrantes políticos, sociais e religiosos do país, até mesmo ao partido de poder que já tinha entregue à Assembleia Nacional a sua proposta "Parlamentar - Presidencial" e teve que engolir sapos quando foi obrigado a aceitar, fora de prazo, a sua substituição pelo resultado do corte e costura do chico-espertismo futunguista, apoiado num certo clientelismo lusitano.

O consenso parece ser completo, mas João Lourenço quer ser a excepção; a excepção pela negativa, o que não é um bom presságio.

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