Esse país, "Magnífico e Miserável", acabou por ser fundado a partir dos alicerces de um poder avesso ao sufrágio democrático, que, levitando na utopia revolucionária, se autolegitimaria pelo poder das armas.

Dessa experiência, nasceu por aqui um país chamado Angola, que durante muitos anos, como descreveu Gabriel García Márquez em relação à defunta União Soviética, foi apresentado ao mundo "penteado" exclusivamente "para receber uma visita" como um país "Magnífico"...

Esse país, durante décadas, seria perseguido por uma guerra civil sem quartel, e, se nas frentes de combate se morria como gado, na retaguarda a fome provocava uma terrível "terraplanagem humana".

Nos anos subsequentes, "Magnífica e Miserável", Angola seria perseguida pela maldição do petróleo. E com a maldição do petróleo veio a maldição da arrogância.

E perseguida pela arrogância, iniciou uma nova cavalgada com o triunfo da mediocridade ancorada na construção do simulacro de uma elite que, despida, não passa, afinal, de uma tribo verdadeiramente "Miserável".

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