Corrigir o que está mal para comermos mais carne
A 10 de Outubro de 2017 o Presidente João Lourenço fez o seu primeiro discurso depois da tomada de posse. Por coincidência - ou talvez não - o discurso foi marcado por vários factos interessantes. Pela primeira vez o Chefe de Estado valorizou a abertura de um ano agrícola com a sua presença, o que poderia indiciar, desde logo, uma nova atenção ao sector agrícola, o que saúdo não por ser um profissional do ramo, mas porque considero tal atenção vital para o país em domínios tão diversos como os económicos e sociais, claro, mas também políticos e de segurança, pois a dependência do exterior para alimentar o país nestes anos de reconstrução nacional fracassada tem de ser urgentemente reduzida, sob pena de pormos em risco a própria soberania duramente conquistada.
O local escolhido para a cerimónia de abertura do ano agrícola não pode passar despercebido. Nas eleições de 2017 a UNITA venceu em Catchiungo. Noutros tempos, tal seria motivo para se "castigar" o atrevimento da população residente pelo facto de não saber agradecer o quanto o Executivo anterior havia feito em seu benefício. Ao fazer uma escolha diferente, o Presidente João Lourenço passou outra mensagem interessante, pois não só não castigou, como manifestou o desejo de corrigir o que esteve mal, e, mais importante ainda, deu um sinal de que a reconciliação nacional poderá ser encarada de outro daqui por diante.
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