Conhecedor dos hábitos e dos gostos dos seus peregrinos, o tempo soube adocicar, com chupa- -chupas, a boca esfomeada da casta seguidista.

E soube também codificar o jogo de palavras mudas, que esconderam sempre, como sentinelas, sombras destituídas de alicerces.

Sombras que, ao longo de anos, mais não foram do que uma irrelevância humana especializada na arte de tocar discos-não-pedidos.

Sombras que, acumulando nuvens de sabujice, como escreveu há alguns anos João Melo, estiveram sempre prontas para se apresentarem como "cães" que, depois de "pontapeados pelo dono", ainda "lhe lambem as botas"...

A alcateia, mesmo depois de declarado o fim do prazo de validade, sem vergonha na cara, parece continuar a pretender deambular pelo galinheiro adentro.

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