Após largas décadas de uma governação que atentou quase sempre contra o bem-estar das famílias angolanas - um gritante número de desempregados, economia dependente de um só produto de exportação, limites impostos à liberdade de expressão e de imprensa, um sentido de impunidade que deu cobertura aos maiores desatinos governativos por parte de figuras do círculo do poder político -, esperava-se, como se continua a fazer fé que seja esta a posição a adoptar pelo Executivo de João Lourenço, que fosse nesta importante fase de viragem da história recente do país que as autoridades optariam por uma posição mais altruísta ante um clima de estrangulamento social que, ao longo destes anos todos, atirou para a miséria milhões de angolanos.
Ao que tudo indica, em face da mega operação iniciada esta semana, continuamos a enfrentar uma situação de truculência por parte de alguns órgãos do Estado que, perante fenómenos sociais que resultaram não de uma contingência exógena, mas da incapacidade do próprio Estado em lidar com a condição social das famílias mais desfavorecidaas, optam por fazer subir de tom a arrogância, a coberto de estarem a repor a autoridade do Estado; facto que não pode ser verdade, e mais à frente explicamos porquê!
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