Indicadores de um regime que se construiu de maneira autocrática, em que os gestores políticos do Estado, apesar das mudanças políticas que foram ocorrendo ao longo dos anos, nunca quiseram abrir mão de privilégios resultantes das marcas do partido-Estado, de tal maneira que não nos parece que, em nome simplesmente da consolidação do Estado democrático de direito, o Poder Político em Angola aceite, de ânimo leve, abdicar deste grande capital.

Independentemente de hoje estarmos diante de um novo ciclo político e com alguns poucos protagonistas a tentar dar sinais de que há uma mudança na forma como o Poder Político actua em Angola, a acção governativa é ainda pouco transparente, pois existe não uma mas pelo menos três esferas do poder, sendo uma delas aparente: discutida na praça pública através dos media; outra é consequente: resultante de jogadas políticas de bastidores envolvendo as elites políticas do MPLA; e uma outra omissa: discutida e decidida junto da mais alta esfera do Poder Político, quase sempre sem ressonância nos media ou nos círculos restritos das elites políticas e económicas do país.

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