No dia 1.º deste mês, o Atlético Sport Aviação (ASA) completou mais um aniversário, o 65.º, um número bem redondo, daquele que até ao ano passado foi o mais antigo clube do "Girabola", se adicionarmos às contas os anos anteriores à independência nacional. Nascido oficialmente do Grupo Desportivo da DTA (Divisão de Transportes Aéreos, a antecessora da actual TAAG), que por força da então legislação era filial do FC Luanda, o ASA celebrou as suas "Bodas de Pérola Negra" com uma riquíssima história desportiva em que pontificam sete conquistas de Campeonatos de Angola, sendo um "tetra" (1965-1968) e um "tri" (2002-2004). Pelo meio há também as memoráveis participações na Taça de Portugal, prova em que defrontou alguns dos principais emblemas do futebol da então chamada Metrópole. Além disso, foi campeão nacional de basquetebol (masculino) e andebol (feminino), erguendo-se como uma dos principais emblemas da história do desporto angolano antes e depois da independência do país.
Estranhamente, ninguém ouviu falar desse aniversário do "clube que veio do ar", como uma vez escreveu a pena de Rebelo Carvalheira, um dos nomes mais insignes da história do jornalismo desportivo de Angola. É óbvio que em tempos de vacas magras dificilmente haveria lugar a pomposas celebrações, até porque a sua equipa de futebol desceu de Divisão o ano passado. Mas não deixa de ser esquisito o facto de nem o próprio clube ter feito menção a histórica data num comunicado ou algo do género, quanto mais não fosse só para dizer "presente". Objectivamente, o momento passou em branco, como, aliás, aconteceu em várias ocasiões, mesmo quando o ASA ainda fazia parte do convívio dos "grandes" do futebol angolano.
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