Chegou ao Zango e continuou a chichilar por um táxi vazio. Mais de uma hora de espera, decidiu ligar para uma colega que mora naquela zona a saber se ela estaria a passar por aquelas bandas, para apanhar a carona. Nada, a colega não atendeu. Decidiu continuar a kinguilar, a correr para um lado e para o outro que nem barata tonta, sempre que surgisse um zendonga, mas sem sucesso, há madiês mais rápidos, damas inclusive que não maiam, até pela janela do quadradinho em andamento bocuam ladjum para não perderem o ansiado lugar. Minglay não desiste, insiste, até que ouve: "rotunda do Camama, rotunda do Camama", acelera o passo para subir no táxi, ao entrar é empurrado lá para dentro por um avilo que fingia ser lotador. Quando deu o balanço, o puto correu, tirou voado, mas não sem antes ter pinado o baika e a pasta dele com todos os mambos (b.i., carta de condução, passaporte, multicaixa com o pin, passe da corporação...), a própria baba, a farda e o kumbu pro táxi. Dentro do hiace azul e branco torto, sujo e abarrotado, tentava perceber o que houve. Pediu para parar para ir atrás do larápio, mas já era, o magala sumiu no meio da multidão de zungueiros, passageiros, chamadores, cobeles, ndutas, kinguilas que deambulavam pelo passeio por baixo do novo viaduto que cruzava a via expressa. Um kota aconselhou-o a não segui-lo porque podia haver um grupo à espera na esquina e ser bem pior, visto que não havia polícia por perto. Só não sabiam que ele era poliang!

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