Tanto foi um presente pouco inocente que, no discurso de abertura - além de lamentar de forma injusta e cínica [mais adiante explicamos porquê] a ausência de José Eduardo dos Santos -, o presidente do MPLA usou o comunicado como um chamariz para dar uma "não notícia" ao país: a de que "a dívida pública angolana serviu também para financiar o enriquecimento ilícito de uma elite restrita e muito bem seleccionada na base do parentesco, do amiguismo e do compadrio", o que viria a resultar na construção de "conglomerados empresariais com esses dinheiros públicos".

Ora, se houvesse alguma réstia de autoridade moral, a frase a seguir, em jeito de conclusão, seria: "nada mais do que foi ou tem sido até aqui o ADN do (nosso) partido". Mas não o fez, porque agora é importante que se ilibe o partido de qualquer responsabilidade. E porquê tudo isso? Porque JLo acredita estar a inaugurar um novo paradigma enquanto líder do MPLA. Ledo engano, porque o próprio VII congresso extraordinário e o posicionamento cínico de muitos dos que lá estiveram é sintomático de que não se está a inaugurar nada!

(Leia este artigo na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, nas bancas, ou através de assinatura digital, disponível aqui https://leitor.novavaga.co.ao e pagável no Multicaixa)