O longo mandato da anterior governação de 38 anos - e não nos atrevemos a mencioná-lo como sendo do anterior regime, dado que o regime como tal, até prova em contrário, continua a ser o mesmo, enquanto pelo menos continuar a vigorar no país a actual Constituição atípica - foi responsável por uma série de arbitrariedades que viriam a resultar numa derrapagem política, financeira, sociocultural, económica e inclusivamente moral e cívica que levou a que o país passasse a ser visto no mundo como um dos piores exemplos no tocante à corrupção (institucional).
Ao longo destes 38 anos, marcados pelo compadrio, pela conivência, pelo consentimento daqueles que só tiveram a ganhar e por isso convinha fazer votos de silêncio ante os inúmeros descasos de governação, vimos governantes, e não apenas um, que respondiam por uma pasta ministerial a estabelecerem negócios com as suas próprias empresas.
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