Por outro lado, ouvir não significa necessariamente acatar os conselhos de quem dá ou ter em consideração o que foi dito por parceiros, por vezes na pele de lobo ou outras vezes na pele de cordeiro. Acenar a cabeça não significa aquiescer, mas pode demonstrar, pelo menos, alguma atenção para com o outro interlocutor. Nas voltas que a vida dá, hoje quem ouve será amanhã quem fala. Fazer ouvidos de mercador também não é opção. E o povo não gosta nada.

No meio de tanta estultice, há muita gente a gritar e com essa atitude deixa logo de ser ouvida, perdendo por vezes a razão. O ditado diz que em "casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão". Gostando ou não, esta é uma realidade que alimenta as redes sociais, mas traz poucos resultados positivos. A versão de que sempre predomina a razão do mais forte não é saudável. E o povo não gosta nada.

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