Agora, um ano e meio depois, a mesma pergunta é dirigida a João. Agora, a resposta, coberta por outro revestimento, apresenta a mesma coreografia:
"Agora, a noite esfriou"...
Os cidadãos, esses, permanecem, no entanto, dispostos a superar as privações e a ver iluminado com novas esperanças um percurso que será longo e penoso mas não intransponível.
A questão levantada por quem, fazendo ou não, parte do exército dos angolanos que, nas últimas décadas, sob a euforia petrolífera, havia visto o seu destino mergulhado num túnel sem luz, tem toda a legitimidade.
Assim como também tem toda a legitimidade o imperativo de se abrir espaço para uma vida mais transparente e condizente com as suas aspirações.
Com a chegada de João Lourenço à Cidade Alta, deu-se início a um ensaio em que os primeiros rasgos do prólogo começaram a projectar uma nova luz entre os angolanos.
Nada mais natural perante o desgaste e a saturação com um passado que, longe das aspirações da cidadania nacional, definhava diariamente a céu aberto...
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