Durante muitos anos, as instituições foram relegadas para plano secundário, sendo as relações interpessoais mais valorizadas. Durante anos a fio, se um presidente de federação quisesse tirar do papel um qualquer projecto, tinha de ser amigo do ministro das Finanças ou de alguém próximo disso. E é assim que se aferia a competência dos dirigentes desportivos. Muitos deles quase foram carregados em ombros e até premiados pelas "obras" que se deveram ao seu "génio criativo". Hoje, a sociedade angolana parece seguir caminho diverso. Mas, apesar dos esforços que vêm sendo feitos para inverter o quadro, não houve melhorias substanciais, pelo que a sociedade, incluindo o desporto, está a pagar uma factura altíssima.

Vem isso a propósito da abalada do seleccionador nacional de hóquei patins, o português Fernando Falé. O técnico preferiu voltar a casa, alegando falta de condições de trabalho. Por outras palavras, isto quer dizer salários, diárias e prémios de jogo em atraso, além de outras cláusulas contratuais não cumpridas. O treinador português não saiu só. Toda a equipa técnica, que incluía António Victor "Duke" (treinador-adjunto), Mário Almeida (treinador de guarda-redes) e António Ferraz (preparador físico), bateu com a porta, o que torna o quadro mais sombrio, a dois meses da disputa do "Mundial" da modalidade em Barcelona (Espanha).

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