Está a ser e continuará sempre a ser uma curva de aprendizagem para os seres humanos que se vão adaptando ao uso regular das máscaras faciais, à lavagem constante das mãos com água e sabão, ao distanciamento físico mesmo entre familiares, à necessidade de testagem regular e muitas outras práticas que até agora não eram comuns. Este «novo normal» está a ter proporções bruscas que não podem ser comparados às mudanças de comportamento e de regras ocorridas no passado. Todavia, o passado sempre serviu para moldar o futuro.

Há quem já não se lembre que antigamente era permitido fumar em lugares públicos fechados, incluindo em aviões. Uma situação que foi mudada por causa de legislação e de uma crescente preocupação com as doenças respiratórias também contraídas pelos fumadores passivos. Convém recordar que morrem, anualmente, seis milhões de pessoas por causa do tabagismo e que o cigarro é responsável por uma em cada 10 mortes no mundo.

As pessoas também podem não estar recordadas, mas há 20 anos circular num automóvel sem usar cinto de segurança não era motivo para multas, e a sua obrigatoriedade era desprezada. Conduzir sob o efeito de álcool não era uma preocupação e condutores eram libertados com uma desculpa esfarrapada: se não podiam beber ao fim-de-semana, quando é que poderiam beber então? Os acidentes rodoviários actualmente matam, globalmente, mais de um milhão de pessoas por ano, e em Angola continuam a ser a segunda causa de morte.

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