Tal qualidade tem sido apreciada a nivele externo quando o pessoal vai fazer actualizações ou certificações e com algum espanto os formadores muitas vezes têm muito menos horas de voo do que os comandantes angolanos acumulam nos seus brevet. Durante algum tempo, deveu-se a horas de voo que os mesmos tinham por causa do conflito armado, em que ao serviço do país patrulhavam os céus e o mar e apoiavam as tropas no terreno.

Essa escolha que o PR tem feito vem emprestar uma outra visão, uma outra forma de ver a FAN e que poderá mesmo ser o mote para que, em vez de se alugarem aeronaves ao exterior, se possa sim apostar na prata da casa, melhorando as condições de trabalho, as aeronaves, as áreas de manutenção, a formação e acompanhamento do pessoal a todos os níveis, em terra e no ar e outros aspectos não menos importante, quer sejam cíveis ou militares.

Por esse motivo gostaríamos de convidar o Sr. Presidente da República a apanhar boleia connosco, os cidadãos que diariamente usam os transportes públicos existentes (autocarros, miniautocarros, hiaces, turismos, cupapatas, barcos) para se deslocarem de um sítio para o outro pela mais variadas razões.

Mas a boleia não pode ser antecipada, deve ser apanhada ao menos uma vez por mês, sem aviso prévio, nem escolha atempada da viatura para que não tenhamos o show a que estamos habituados sempre que um servidor público decida se mascarar de "povo" e dar o ar da sua (des)graça para os holofotes dos media e das redes sociais que com os seus flashs, gostos e comentários ajudam a partilhar uma hipocrisia mascarada de kinganje que quando está refastelado no seu lexus, mercedes ou outra máquina de centenas de milhares de USD teme em olhar ao lado e ver como é que os concidadãos que o elegeram e pagam as suas mordomias são transportados num abarrotado autocarro cuja lotação é de 50, mas leva mais de 150 pessoas enlatadas sem se puderem mexer, onde alguns ngombiris aproveitam para xaxatar as mães alheias e outros magalas para tramancar os parcos bens que o estado ainda não ivou do pobre cidadão.

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