"Como sempre disse, o PRA-JÁ Servir Angola é uma menina linda, que todos jovens querem para casar. Hoje somos muito solicitados por várias direcções de partidos políticos para sermos cabeça de lista nas eleições gerais de 2022", disse aos jornalistas Abel Chivukuvuku, reiterando que a luta para legalizar o PRA-JÁ Sevir Angola ainda contínua junto do Tribunal Constitucional (TC).

Questionado sobre as negociações da sua adesão ao Bloco Democrático (BD), com objectivo de ser cabeça de lista nas eleições gerais de 2022, Chivukuvuku, que não entrou em detalhes a respeito da situação, insistiu que vão para as eleições gerais com o PRA-JÁ Servir Angola, seja qual for o modelo.

Abel Chivukuvuku queixou-se de perseguição, após várias tentativas frustradas de legalização do seu novo projecto político, garantindo que vai concorrer às eleições gerais de 2022.

"Vamos fazer um recurso de cassação do acórdão para o Tribunal Constitucional, uma acção que nunca foi feito em Angola", anunciou Abel Chivukuvuku, que não precisou a data da entrega deste processo de cassação do acórdão, que é um recurso jurídico existente em alguns edifícios legais e que pode levar a uma reversão de uma decisão judicial de última instância.

Relativamente aos acontecimentos de Cafunfo, o coordenador do PRA-JA Servir Angola exigiu um inquérito independente sobre os incidentes de Sábado, 30, que provocaram um número indeterminado de mortos, seis, segundo a polícia, 16, de acordo com fontes do Movimento Protectorado Lunda Tchokwe.

"Este episódio é semelhante ao que aconteceu no monte Sumi, na província do Huambo, onde seguidores de Kalupeteka foram assassinados pela Polícia e que até hoje, não se consegue determinar o número de mortes", lamentou o político, criticando as declarações do comandante-geral da polícia nacional, Paulo de Almeida, que apontou para uma resposta "desproporcional" dos agentes sempre que confrontados com episódios semelhantes.

"São declarações que incitam à violência e não podiam ser feitas por um comandante da polícia", lamentou Abel Chivukuvuku, salientando que os acontecimentos da localidade de Cafunfo "violam os direitos humanos".

Recorda-se que o Tribunal Constitucional (TC) negou em Dezembro do ano passado, provimento ao recurso interposto pela comissão instaladora do PRA-JA Servir Angola, ficando, assim, definitivamente afastada a hipótese de Abel Chivukuvuku ver reconhecido o seu projecto político como partido.

Com a decisão do TC, ficaram esgotadas todas as possibilidades do reconhecimento do PRA-JA Servir Angola como partido e os membros da comissão instaladora estão impedidos de criar outro partido nos próximos quatro anos, por imperativo da Lei dos Partidos Políticos.