"Se for consenso que há de facto condições de paz, naturalmente que esses refugiados poderão começar a regressar para o seu país porque também fazem parte da população congolesa que deve ser registada para as próximas eleições", adiantou o ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chikoti.

O governante falava no final da primeira reunião ministerial extraordinária do Mecanismo Tripartido de Diálogo e Cooperação entre Angola, África do Sul e República Democrática do Congo, realizada ontem, 13, em Luanda.

Segundo o chefe da Diplomacia, o encontro dos governadores das províncias angolana da Lunda Norte e congolesa do Kasai deverá acontecer muito em breve "porque já foram dadas as instruções" nesse sentido, embora ainda tenha de "haver uma preparação técnica porque são vários sectores que vão (participar)".

Desde Março, momento em que começaram a chegar ao país os refugiados da RDC, as autoridades angolanas disponibilizaram protecção e transporte, desde os pontos de entrada aos centros de acolhimento, instalados no Dundo, capital da província angolana da Lunda Norte.

Recentemente, o ministro da Assistência e Reinserção Social, Gonçalves Muanduma, referiu que até à presente data o país acolhe mais de 31.320 refugiados, tendo disponibilizado 1,6 mil milhões de kwanzas (9,6 milhões de dólares) para esse fim, valor que terá de ser reforçado.

Isto porque Angola prevê desembolsar, para os próximos seis meses, um apoio de 15,4 mil milhões de kwanzas (92 milhões de dólares) para apoiar os refugiados da RDC que continuam a chegar ao país.