A presidência da SADC, ocupada pelo Presidente sul-africano, Jacob Zuma, ou a liderança do Órgão de Defesa e Segurança, a cargo do Presidente angolano, João Lourenço, não revelaram o número de militares que compõem esta força enviada para o Lesoto, mas, de acordo com informações oficiais, estes serão à volta de 300 nesta fase.

O total de militares a colocar no terreno, inicialmente previsto, era de cerca de mil, o que ainda pode vir a acontecer se a evolução da crise no Lesoto a isso obrigar.

Esta força militar foi apresentada na presença do Secretário do Estado para Política de Defesa Nacional, almirante Gaspar Santos Rufino, na qualidade de representante do país que lidera o órgão de Política, Defesa e Segurança da comunidade.

Recorde-se que a crise político-militar no Lesoto foi despoletada com o assassinato do comandante das Forças de Defesa, o general Khoantlhe Motšomotšo, no passado mês de Setembro, por dois oficiais rivais na disputa pela chefia militar do país.

Esta força miliar foi formada com o contributo de sete dos 15 países da SADC: Angola, Malawa, Namíbia, África do Sul, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué.

O Secretário de Estado para Política de Defesa Nacional angolano afirmou na cerimónia de apresentação da força da SADC em Maseru que a missão consiste em "apoiar o Lesoto na restauração da paz, segurança e estabilidade e não para ocupar o lugar ou substituir as Forças de Defesa do país ou outras instituições de segurança nacionais".

"A presença desta força não pode ser considerada como intrusa ou de invasão, mas sim como irmãos e irmãs da região que apenas procurar ajudar o povo do Lesoto", acrescentou na ocasião Gaspar Santos Rufino, que se mostrou confiante no sucesso da missão que foi estabelecida para durar seis meses.

A SAPMIL (sigla em inglês para Missão Preventiva para o Lesoto) conta, entre os seus cerca de 300 elementos, 207 militares, 15 oficiais de Inteligência, 24 polícias e 12 civis especialistas em missões deste género.