A porta-voz da CNE, Júlia Ferreira, disse que, face ao cumprimento legal e às obrigações, estão a ser pagos desde a semana passada 40 000 Kz, aos cidadãos que prestaram serviço nas assembleias de voto durante as eleições.

"Estamos a pagar via banco a todos os membros que trabalharam nas últimas eleições gerais, conforme estabelece o regulamento", adiantou, lembrado que também os formadores envolvidos no processo eleitoral já foram ou estão a ser pagos.

Apesar das declarações da porta-voz da CNE, algumas pessoas que trabalharam nas assembleias de voto disseram ao Novo Jornal Online que ainda não receberam os valores em dívida.

Juliana Mandinga, de 35 anos, que trabalhou numa das assembleias de voto de Viana, disse que esta manhã consultou a sua conta e não encontrou nenhum valor depositado.

Como juliana estão os Jovens Pedro Adão e Cláudia Bravo que também não receberam os seus ordenados.

"Consultamos quase sempre e ainda não há deposito nenhuma", lamentaram os jovens, adiantando que já contactaram os seus colegas e nenhum deles confirmou ter recebido o seu pagamento.

Júlia Ferreira lembrou que o processo de pagamentos obedece a um calendário e que, dentro dessa escala, por exemplo, já foram entregues as verbas referentes aos delegados de lista dos cinco partidos e da coligação concorrentes às eleições gerais de 23 de Agosto.

"O Executivo angolano disponibilizou para cada força política concorrente às eleições gerais deste ano, 1,04 mil milhões de kwanzas para o apoio à campanha eleitoral, bem como um 1,52 mil milhões para pagamento aos delegados de listas que trabalharam nas assembleias de voto".

De acordo com a porta-voz da CNE, as formações políticas concorrentes às eleições gerais de 2017 devem apresentar os seus relatórios de contas até 23 desde mês.

"O prazo para a apresentação dessas contas é previsto por lei, por isso vamos manter o cumprimento deste procedimento legal", afirmou.

O novo Presidente da República, João Lourenço, toma poesse no dia 26, próxima terça-feira, e os deputados assumem os lugares na Assembleia Nacional dois dias depois, a 28.