"O que o Estado fez não é favor nenhum. É nossa obrigação trazer para junto das populações as melhores condições para que ele, o povo, seja educado e assistido do ponto de vista médico. A saúde é um bem precioso. Queremos ver o nosso povo saudável, porque só assim o povo pode trabalhar e contribuir para o desenvolvimento do nosso país"", afirmou o Chefe de Estado, citado pelo Jornal de Angola.

No seu discurso, o Presidente pediu também aos habitantes do Cuemba para que não danifiquem o hospital agora inaugurado.

"Seria uma pena deitar a perder o investimento que já se fez inicialmente, daí termos feito o esforço para a sua mais rápida conclusão", disse João Lourenço, declarando que, além da construção do hospital e do seu apetrechamento, "com máquinas e aparelhos modernos", houve também a preocupação em colocar naquela unidade médicos e enfermeiros, para o seu bom funcionamento.

"Fomos buscá-los aí onde eles estavam e trouxemo-los aqui para vos assistir. Trouxemos nacionais, mas também trouxemos estrangeiros. Temos aqui especialistas cubanos, que estão a cobrir a lacuna deixada pelos nacionais, uma vez que o nosso País ainda tem carência de técnicos em certas especialidades", afirmou.

Segundo João Lourenço, este novo hospital vai beneficiar não só a população local, mas também a de outras regiões do país, que, usando estradas ou caminho-de-ferro, poderão deslocar-se para ali obter assistência médica.

João Lourenço, que na ocasião fez a entrega de duas ambulâncias e uma viatura de apoio ao sector administrativo, apelou à população para que cuide da nova unidade de saúde.

"O que nós gostaríamos de pedir às populações é que tratem bem o hospital, não o danifiquem, mas que tratem bem também o pessoal médico e os enfermeiros que vos assistem. Quem tiver uma galinha a mais ofereça ao médico", referiu, apelando para que tratem "bem esse pessoal, porque sem eles os vossos problemas de saúde não ficam resolvidos", afirmou.

Segundo o Jornal de Angola, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, que fez a apresentação técnica do hospital, disse que foram gastos 19 milhões de dólares na construção da infra-estrutura e mais de mil milhões de kwanzas no apetrechamento da unidade sanitária, que está dividida em sete blocos. Num dos blocos funcionam os serviços de internamento, medicina, cirurgia, obstetrícia, pediatria e neonatalogia, e também uma sala de telemedicina, que vai permitir consultas à distância, com recurso a outros hospitais do País.