Brigadistas espalhados por diversos cantos do país queixam-se de salários em atraso e de corte na recepção de ração fria, o que está a criar alguma desmotivação, que pode provocar alguns "vazios" na cobertura do registo eleitoral, sobretudo nas zonas mais recônditas do território nacional.

"Desde Dezembro que não recebemos os nossos subsídios mensais. Há quase duas semanas que deixámos de receber farnel. Assim, fica muito mais complicado chegarmos às zonas de difícil acesso, pois, sem comida, o corpo não suporta grandes esforços. "Saco vazio não fica em pé"", reclama um chefe de brigada no Zaire.

Sem aceitar ser identificado, o interlocutor disse ao NJ que existem também incumprimentos na atribuição das verbas compatíveis aos chefes de brigada.

"Prometeram dar 75 mil kwanzas por mês aos chefes de brigada, mas, pelo menos cá na zona em que trabalho, continuamos a receber 65 mil Kz, que é o subsídio de um brigadista", disse.

(Leia este "Especial Informação" sobre o registo eleitoral na íntegra na edição n.º473, nas bancas, e também disponível por assinatura digital, que pode pagar no MultiCaixa)