O cônsul-geral do Chade em Angola afirma que desconhece as informações segundo as quais Angola suspendeu o acordo - notícia avançada pela agência estatal Angop, no último fim-de-semana - consubstanciado na entrega de 75 mil cabeças de gado bovino como forma de reembolso de uma dívida de 100 milhões de dólares daquele país com o Estado angolano. A morte de pelo menos 400 cabeças de gado estará na base da decisão das autoridades nacionais.

Em declarações exclusivas ao Novo Jornal, na terça-feira, 23, Mahamat Saleh Abdeldjelil garante que as autoridades do seu país não haviam ainda sido informadas pelo Governo angolano sobre as polémicas mortes dos animais.

As autoridades chadianas mostram-se surpresas com relatos de doenças associadas às mortes dos animais, garantindo que, do lado chadiano, tudo foi cumprido, para que Luanda recebesse os animais com a devida segurança.

A partir da cidade de Djamena, capital chadiana, o cônsul em Angola informa que os animais foram vacinados, testados e cumpriram quarentena durante dois meses, antes de serem enviados para Angola.

Mahamat Saleh Abdeldjelil estima que, se as mortes forem reais, estas podem estar relacionadas com as condições climáticas de Angola, com o tipo de alimentação dada aos animais ou com os medicamentos ministrados.

"Estamos a acompanhar os relatos das mortes dos gados nas redes sociais. Mas, na verdade, não temos, até agora, nenhuma comunicação oficial sobre este assunto", observa.

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