A expectativa é se Isaías Samakuva vai ou não voltar a candidatar-se à presidência do partido, uma pergunta que será decerto respondida hoje, no XIII Congresso Ordinário do maior partido da oposição.

Isaías Samakuva reafirmou, em 2017, a vontade de abandonar a liderança da UNITA, não avançando para um quarto mandato.

"Afirmei aos angolanos, antes e durante a campanha eleitoral, que depois das eleições deixaria o cargo de presidente da UNITA para servir o partido numa posição diferente [concorria a Presidente da República]. Mantenho e reafirmo esta decisão", disse Isaías Samakuva na ocasião.

Isaías Samakuva foi eleito presidente do partido em 2003, na sequência da morte em combate, no ano anterior, do líder e fundador da UNITA, Jonas Savimbi, o que levou ao fim da guerra civil de quase 30 anos em Angola.

Para o líder do segundo partido mais votado nas eleições gerais, que viu o número de deputados eleitos quase duplicar, para 51, "é chegado o momento de se desencadear um novo processo conducente à materialização da sua decisão", propondo por isso, na altura, a realização de um congresso extraordinário.

Contudo, a decisão dos membros da III Reunião da Comissão Política do partido foi contrária a essa pretensão.