"É trabalho muito complexo. Para darmos os primeiros passos, temos que receber instruções e resposta da Comissão Interministerial", disse hoje ao Novo Jornal o membro do colégio presidencial Manuel Fernandes.

A CASA-CE, ao contrário do MPLA e da UNITA, ainda não colocou os seus elementos no terreno para apoiar as populações a fazer face à pandemia como já está a ser feito pelo maior partido da oposição.

De acordo o deputado da Coligação, as instruções e autorização desta campanha de sensibilização por parte das autoridades competentes "é fundamental" por se tratar de uma pandemia que exige coordenação e o seguimento de um protocolo bem definido.

Para Manuel Fernandes, se a Comissão Interministerial para a Resposta à Pandemia do Coronavírus autorizar, as primeiras campanhas de sensibilização vão acontecer em locais onde se registam as maiores concentrações populares.

"Temos informações de que nos bairros suburbanos, a população não respeita os conselhos das autoridades sanitárias. É nestas áreas onde vamos iniciar o trabalho de sensibilização", declarou Manuel Fernandes, lamentando que a resistência ao incumprimento das orientações pode resultar em tragedia.

"O nosso sistema de saúde é fraco. Enquanto os números da pandemia são poucos no nosso País, vamos lutar na prevenção para que o pior não aconteça", acrescentou.

Para este membro do colégio presidencial da CASA-CE, a Coligação está preocupada com o impacto da Covid-19 e, por isso, não pode deixar de contribuir para o esforço comum de combate a uma doença que coloca em risco a vida de milhares de angolanos.

Em Angola existem até ao momento 19 casos confirmados, dos quais dois resultaram em mortes. Há sete dias que não é divulgado qualquer caso.