No final de uma reunião onde a coligação analisou os resultados eleitorais e o chumbo do Tribunal Constitucional à acção de impugnação das eleições interposta, hoje, em Luanda, Abel Chivukuvuku considerou que "a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) fez um mau trabalho e o Tribunal Constitucional (TC) também".

Apesar da insatisfação em relação ao desempenho da CNE e do TC, o líder da CASA-CE garantiu que o protesto da cadeira vazia não está nos planos da coligação.

Segundo o presidente da coligação, os seus deputados vão tomar posse no Parlamento, ficando ele próprio de fora da Casa das Leis por opção.

Chivukuvuku esclareceu que não será deputado para se dedicar exclusivamente à formação política que dirige.

"Vamos trabalhar para contornar a situação nos próximos tempos", prometeu, ao mesmo tempo que pedia calma aos seus militantes e antecipava um agravamento da situação.

"A miséria vai aumentar, o sofrimento também e a corrupção não vai acabar. Serão cinco anos de aflição", afirmou o presidente da CASA-CE.

Crítico em relação ao MPLA Chivukuvuku acusou o partido no poder de "persistir com arrogância", acrescentando: "Só nos países onde há ditaduras é que as coisas funcionam como em Angola".