"As condições estão criadas para esta manifestação pacifica que vai mobilizar vários extractos da sociedade civil", disse ao Novo Jornal um dos porta-vozes da manifestação, Domingos Palanca, da Juventude Unida Revolucionária de Angola da UNITA, (JURA).

Os manifestantes, que estarão concentrados no Largo da Independência, segundo este membro da comissão organizadora," vão exigir ao Presidente João Lourenço que cumpra a promessa eleitoral de criar 500 mil empregos".

"Nos últimos dois anos, os jovens de vários extractos sociais e políticos saem constantemente à rua porque o desemprego é um factor de instabilidade social que está causar muitas consequências nefastas no seio da juventude", acrescentou.

O secretário da provincial da juventude da JFNLA Kiaku Samuel Kiala lamentou que o desemprego tenha atingidono País uma taxa que deve merecer a atenção permanente das autoridades, para que não surjam na sociedade outros males, como a criminalidade.

"A situação é preocupante. O Executivo deve encontrar soluções para resolver o problema do desemprego", afirmou.

Reagindo às declarações destes dois líderes juvenis da oposição, o membro da JMPLA braço juvenil do partido no poder, António Rosário Zua, que não estarão presentes na marcha, disse que o Executivo tem vindo a criar políticas para inserir a juventude no mercado de trabalho.

"Atravessamos um ambiente de grave crise económica e financeira. O Estado tem recursos limitados para oferecer empregos, é importante que os jovens enveredem por criar, eles próprios, fontes de rendimento, fazendo recurso aos seus conhecimentos adquiridos no ensino médio ou superior", acrescentou.

Desde que o Presidente da República, João Lourenço, subiu ao poder em Setembro de 2017, este é a quarta manifestação, onde a juventude exige o cumprimento das promessas eleitorais no que diz respeito ao desemprego.