Falando à margem da palestra "Eleições Seguras", destinada às forças dos órgãos centrais da Polícia Nacional (PN), Carlos Neto, adiantou que 75% dos mais de 100 mil efectivos mobilizados para o pleito vão estar de prevenção dentro de uma semana.

Segundo Carlos Neto, o contigente de 103 mil agentes estará a postos a 100% quando faltarem 10 dias para as eleições.

A operação policial envolve quatro a cinco elementos da PN para as assembleias de voto, número que será definido de acordo com o fluxo operacional de cada província.

Adicionalmente, em caso de necessidade, as assembleias poderão contar com reforços de unidades especiais.

Estas são as quartas eleições por voto directo e universal desde que Angola optou pelo multipartidarismo em 1991.

As eleições gerais de 23 de Agosto contam com seis forças políticas a disputar os 220 lugares no Parlamento e ainda a eleição do Presidente da República e do Vice-presidente, que são, respectivamente, o primeiro e o segundo nome das listas apresentadas pelo círculo nacional.

Vão estar na disputa pelos votos dos 9,3 milhões de eleitores, conforme o sorteio que ditou a disposição no boletim de voto, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), que propõe Isaías Samakuva para Presidente da República, a Aliança Patriótica Nacional (APN), cujo cabeça-de-lista é Quintino Moreira, o Partido da Renovação Social, cuja aposta para a Presidência é Benedito Daniel, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que tem João Lourenço para substituir José Eduardo dos Santos na Cidade Alta, a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), com Lucas Ngonda a liderar a lista; e a Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), que apresenta Abel Chivukuvuku para Chefe de Estado.

O círculo nacional elege 130 deputados e os círculos das 18 províncias elegem 90, cinco deputados por cada uma delas, contando a Comissão Nacional Eleitoral com 12.512 Assembleias de Voto reunindo um total de 25.873 Mesas de Voto.