Jonas Savimbi "não pertencia à família governamental quando faleceu", por isso o seu funeral "não terá honras de Estado", explicou na passada quarta-feira, 9, o ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Pedro Sebastião.

O governante garantiu, contudo, que "estão criadas as condições" para a exumação dos restos mortais do antigo líder da UNITA.

Sem se pronunciar sobre as declarações de Pedro Sebastião, o porta-voz da UNITA, Alcides Sakala, sublinhou que o " importante é que prevaleça a vontade de cooperação manifestada pelo senhor Presidente da República", no sentido de promover o trabalho conjunto entre o "Galo Negro" e o Governo, no âmbito da comissão das exéquias fúnebres.

Reafirmando o compromisso da UNITA de realizar o funeral de Jonas Savimbi este ano, Sakala lembrou que durante o período das chuvas é "muito difícil acolher um grande número de pessoas" na terra natal do líder histórico do "Galo Negro".

Sem avançar datas para as cerimónias fúnebres, Alcides Sakala defende que um "programa que esteja à altura e à dimensão do Dr. Savimbi" pressupõe "um ambiente de serenidade de espírito".

O momento promete marcar a agenda do "Galo Negro" em 2019, definido pela direcção do partido como o "ano da consagração da memória" de Jonas Savimbi.

Jonas Savimbi nasceu a 3 de Agosto de 1934, em Munhango, Bié, embora em diversas declarações de responsáveis da UNITA seja feita referência à vontade de devolver o seu corpo à sua origem, no Andulo, igualmente no Bié.