Alcides Sakala afirmou que "este não foi o primeiro caso de ataques contra militantes da UNITA" por parte de elementos do MPLA.

Neste caso, que está a ser investigado pela Polícia Nacional, ocorrido no passado Domingo, 17, segundo Sakala, "os militantes do MPLA atiraram pedras, atacaram as residências e lojas dos militantes da UNITA, destruíram muita coisa e pilharam os seus bens e dinheiro na comuna do Monte Belo".

De acordo com às informações vindas do local, e segundo a UNITA, os militantes e simpatizantes do MPLA festejavam os resultados das eleições e, ao mesmo tempo insultavam os seguidores do "Galo Negro".

"É preciso dizer que este não é o primeiro caso do género que acontece nesta província. Já tivemos no passado muito recente o caso do Kapupa(município do Kubal), onde o nosso grupo parlamentar foi agredido", recordou.

"Os militantes do MPLA atiraram pedras, atacaram as residências e lojas dos militantes da UNITA, destruíram muita coisa e pilharam os bens e dinheiros na comuna do Monte Belo", acrescentou.

"Os que estão por detrás deste caso, e de outros em vários pontos do país, tentam criar instabilidade no país", acusou o dirigente do "Galo Negrto".

"Nós somos um partido político civil. Não temos armas para fazer a guerra. Se o MPLA ganhou, não tem necessidade de perseguir os nossos militantes", frisou.

Na sua opinião "essas perseguições reflectem raiva. Não sei o que se passa. Não se percebe essas perseguições ensombradas, que fazem com que muitas pessoas procurem refúgio ns matas".

O que diz a PN

Segundo o Intendente Pinto Caimbambo, porta-voz da PN em Benguela, citado pela Angop, o referido incidente "aconteceu quando os militantes do MPLA organizavam uma passeata de exaltação a victória do partido e foram interpelados e agredidos com catanas e paus por supostos militantes da UNITA".

Na versão da polícia, contrariando as acusações da UNITA, foram os militantes do "Galo Negro" que agrediram e pilharam lojas comerciais, levando os proprietários a insurgirem-se contra essas acções.

Pelo menos oito pessoas foram detidas, embora sem especificar se se trata de militantes da UNITA, do MPLA ou de ambos, lamentando, todavia, este oficial da PN que este tipo de incidentes seja comum naquela localidade do município do Bocoio, em Benguela.