A deputada Irene Neto, filha do primeiro Presidente de Angola, Agostinho Neto, criticou duramente nesta quinta-feira, 15 de Junho, a proposta do projecto de Lei Orgânica sobre o Regime Jurídico dos ex-Presidentes da República e vice-Presidentes Após Cessação de Mandato.

A referida lei, que vai a votação global na próxima quinta-feira, 22, é uma iniciativa do grupo parlamentar do MPLA.

A filha de Agostinho Neto, que recentemente recusou integrar a lista de candidatos ao Parlamento do partido no poder, lembrou que a família do primeiro Chefe de Estado não teve as mesmas regalias que deverão ser atribuídas à família de José Eduardo dos Santos, Presidente da República em fim de mandato.

A proposta do MPLA prevê que o Presidente da República que cesse o mandato deva receber uma pensão vitalícia correspondente a 90% do vencimento que auferia no seu último ano de exercício.

Insatisfeita com a proposta, Irene Neto observou que seria legítimo o seu testemunho "por se enquadrar na categoria de pessoas das quais se irá legislar, constituindo uma experiência valiosa", apesar de a sua família, enquanto primeira "Primeira-Família", não ter sido convidada a aportar subsídios sobre esta matéria, mas tendo, no entanto, uma larga vivência, de 38 anos, na condição de família do Presidente da República, falecido no exercício das suas funções. É um testemunho amarrado na garganta há 38 anos, mais tempo do que Mandela ficou preso em Robben Island".

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