"Devemos encarar o eventual reposicionamento dos candidatos como uma questão meramente estratégica do partido, cujo objectivo fundamental é vencer as eleições gerais de 2017", adiantou o presidente do MPLA, descartando, contudo, um cenário de alterações profundas.

"Não iremos, naturalmente, proceder à alteração dos candidatos constantes da lista já aprovada pelo Comité Central (CC), mas tão-somente conferir ao Bureau Político a competência, através de uma resolução aprovada pelo CC, para que efectue eventuais ajustamentos na sua ordem de precedências, os quais podem ser ditados por factores imponderáveis como por exemplo a morte, a doença ou mesmo a desistência de uma das candidaturas", esclareceu José Eduardo dos Santos.

O líder dos "Camaradas" sublinhou ainda que o foco do pensamento e da acção do partido no poder "deve centrar-se na obtenção de uma vitória eleitoral expressiva, que garanta ao MPLA o seu projecto de sociedade, de unidade nacional e de desenvolvimento económico, político e cultural".

Segundo o também Chefe de Estado, a primeira sessão extraordinária de 2017 do CC deverá ainda "apreciar as propostas de alteração aos regulamentos de organização e funcionamento das estruturas do MPLA", documentos importantes porque "visam melhorar a vida interna do partido, conferindo maior dinâmica, flexibilidade e capacidade de acção à organização e funcionamento" dos seus órgãos, organismos e estruturas.

"O que pretendemos com esta reestruturação é garantir maior eficácia e optimização na execução das nossas tarefas partidárias e o aumento dos índices de confiança no partido por parte dos eleitores", antecipou o presidente do MPLA, reforçando que "a organização é a peça-chave para o êxito do partido, principalmente agora que nos aproximamos a passos largos das eleições gerais, que vão determinar o futuro da nação nos próximos anos".

Recorde-se que a maior surpresa nas listas do MPLA às eleições gerais de 2017 foi o facto de o nome do Presidente da República não integrar os primeiros lugares.