Esta visita do Chefe de Estado a Moçambique vai durar alguns dias e não foram divulgadas quaisquer informações sobre eventuais contactos de agenda entre João Lourenço e as autoridades moçambicanas, incluindo o seu homólogo Filipe Nyusi.

No entanto, esta deslocação de Lourenço a Maputo surge cerca de um mês e meio depois de os ministros que tutelam as diplomacias dos dois países, Manuel Augusto e José Pacheco, terem, na capital moçambicana, anunciado um compromisso sólido para dinamizar as relações comerciais bilaterais.

O ministro dos Negócios Estrangeiros moçambicano sublinhou, a 02 de Novembro, que Luanda e "as trocas comerciais entre os dois países comecem a fluir de forma mais acelerada".

Uma das prioridades moçambicanas é exportar açúcar para Angola de forma a gerar dividendos de um produto no qual Moçambique tem excedentes.

Já Angola poderá ter um papel importante no desenvolvimento da indústria energética moçambicana, nomeadamente na exploração de hidrocarbonetos.

Manuel Augusto, após esse encontro com o seu homólogo moçambicano, sublinhou que é "desejo" de ambos os países estreitar relações a todos os níveis.

Segundo a imprensa moçambicana avançou na ocasião, estava a ser preparada uma visita de Estado de João Lourenço a Moçambique.

Com esta visita privada, a deslocação oficial, embora nada tenha sido adiantado oficialmente, poderá ter sido substituída por uma forma mais informal de consolidar as relações bilaterais e avançar nas áreas que Luanda e Maputo têm estado a analisar para fortalecer o relacionamento diplomático e comercial.