O projecto prevê a construção de fazendas de pecuária, instalações agrícolas, sistemas de irrigação e melhoria no fornecimento de equipamentos e infra-estruturas na região de Camabatela, nas Províncias do Kuanza-Norte, Malanje e Uíge.

A obra foi adjudicada pelo ex-Presidente dos Santos à empresa Incatema Consulting and Engineering, S.L, envolvida no escândalo Mercasa Incatema, um consórcio criado em 2002 entre a empresa pública e a privada Incatema Consulting, em Espanha, mas com ligações a Angola através de um plano para ganhar o contrato de construção do mercado abastecedor de Luanda.

Apesar de o decreto agora assinado pelo actual Chefe de Estado, João Lourenço, não avançar qualquer informação sobre a empresa que terá a cargo este gigantesco projecto que vai abranger três províncias, que, em Agosto de 2017 estava orçamentado em 73,142 milhões, o NJOnline soube, através de uma nota chegada à redacção, que as obras vão ser adjudicadas a uma empresa do Reino Unido, denominada Incatuk.

O valor total do projecto é agora de 85,8 milhões de dólares, com o prémio de seguro de garantia da UK Export Finance, Agência de Crédito à Exportação do Reino Unido, incluído.

O NJOnline apurou entretanto que a Incatema integra a estrutura societária da empresa inglesa, informando o site Global DataBase que a Incatema possui as 300 acções da Incatuk, empresa que foi criada no Reino Unido em Fevereiro de 2017, seis meses antes do decreto assinado pelo ex-Presidente José Eduardo dos Santos.