O ministro do interior, que falava aos deputados que hoje aprovaram, na especialidade, a proposta de Lei sobre o novo Regime Jurídico dos cidadãos estrangeiros em Angola, referiu que "a concessão do visto de investidor e de turismo será feita pela autoridade migratória, com vista a imprimir um tratamento célere na sua concessão.

" A proposta de Lei hoje aprovada na especialidade visa garantir um tratamento justo aos cidadãos estrangeiros admitidos legalmente no País e a promoção de uma cooperação mais estreita com os países de origem dos imigrantes", acrescentou.

Segundo o ministro, "a realidade que o País vive impulsiona a que muitos cidadãos estrangeiros queiram estabelecer-se em Angola, obrigando por isso a que as autoridades adoptem medidas que conduzam, por um lado, a um eficaz controlo, e por outro, que a sua permanência se faça nos parâmetros dos motivos de entrada, de modo que a sua integração social se faça de forma regular e coerente".

"O presente diploma pretende ser uma lei exigente no combate e controlo à imigração ilegal e, no entanto, o flexível suficiente para um quadro de paz, desenvolvimento, e também de abertura da República de Angola ao mundo", adicionou.

No que tange às infracções migratórias, a nova lei, que tem 10 artigos, prevê um conjunto de condutas tipificadas como crime e penas correspondentes, com realce para a criminalização de casamentos ou uniões de facto de conveniência.

Recorde-se que a proposta de Lei foi aprovada no ano passado, na generalidade, com 167 votos, nenhum contra e nenhuma abstenção, durante a 3ª reunião plenária extraordinária da Assembleia Nacional.

Com a sua aprovação na especialidade, a proposta de Lei vai nos próximos dias para a sua votação final.