Luísa Damião referiu-se a esse esforço como uma "ampla" mobilização da sociedade contra a corrupção, o nepotismo e a bajulação, crimes e posturas que a dirigente do partido que governo o país desde 1975 disse que quer ver sem impunidade como tem sucedido ao longo dos anos.

Essa campanha vai ser oficialmente lançada a 20 de Abril, em Luanda, que Damião projecta como uma das antecâmaras do VII Congresso Extraordinário do MPLA, com o qual o partido pretende ter toda a máquina lançada e empenhada no desafio das eleições autárquicas que deverão, como está previsto, ter lugar em 2020, num formato de gradualismo geográfico.

Gradualismo geográfico ao qual os partidos da oposição se opõem, ao mesmo tempo que acusam os "camaradas" de quererem, com essa realidade, subverter em seu proveito o que estipula a Constituição e que é, no entender da UNITA, por exemplo, que o gradualismo admitido é de natureza administrativo e não geográfico, porque isso faz com que alguns cidadãos passam à categoria de segunda (no meio rural) enquanto os dos maios urbanos serão de primeira.

Luísa Damião, citada pela Angop, disse que esta campanha aparece subjacente à "necessidade de arregaçar as mangas e trabalhar árdua e afincadamente com responsabilidade na resolução dos problemas do povo, pois não pode esperar que os outros o façam".

"A realização do sonho e aspirações do nosso povo, alicerçados nos ideais dos nossos pais, que nos legaram a independência na perspectiva de uma Angola de bem-estar, não podem, jamais ser adiados, por isso temos que continuar a apoiar e encorajar o nosso Presidente na implementação das reformas em curso nos diferentes sectores da vida, económica, social e cultural do país", sublinhou.