O ministro da Comunicação Social voltou a realçar, no Huambo, a importância do papel da comunicação social, e a afirmar que "uma crítica da imprensa, quando for objectiva, séria, honesta e fundada em factos, ajuda os governantes a exercer melhor as suas funções".

O governante, que discursava numa palestra sobre "a comunicação institucional e o discurso jornalístico da actualidade", dirigida a estudantes e docentes do Instituto Superior Politécnico e inserida no programa de lançamento do Jornal Planalto, aconselhou as instituições públicas do país "a informar mais e melhor os cidadãos, pois a comunicação social reveste-se de uma importância vital na promoção de uma boa governação, por quanto representa um papel auxiliar dos governantes em corrigir os erros, no exercício das suas funções".

"As instituições públicas do país estão obrigadas, por lei, a informar o cidadão sobre a sua governação, gestão e iniciativa, para que os mesmos participem na sua boa execução, estando, no entanto, isentas informações reservadas, sigilosas, que todos os Estados têm a obrigação de proteger", realçou.

Para João Melo, "não basta governar bem, é necessário comunicar adequada e atempadamente aquilo que se está eventualmente a fazer, para que mereça a devida apreciação da sociedade, principal destinatário, de modo a governar melhor".

No entanto, as palavras do ministro ainda não chegaram a todos os sectores nem a todos os pontos do País, com governantes e representantes de organismos do Estado, como a Polícia Nacional, a fazerem orelhas moucas aos conselhos de João Melo.

O NJOnline tem-se confrontado com diversas situações em que os responsáveis pela área da comunicação de organismos do Estado afirmam de forma categórica que, no caso das províncias que não Luanda, só prestam informações aos órgãos de comunicação social com representação local, quase sempre apenas os públicos, ou que só estão disponíveis para corresponder aos pedidos de esclarecimento mediante o envio de cartas a explicar o pretendido ou ainda apresentando sucessivas dificuldades que deixam apenas como alternativa aos jornalistas a desistência.