A proposta foi feita pelo vice-presidente do partido do "Galo Negro", Raul Danda, durante a reunião plenária que hoje teve lugar e na qual foram aprovadas na generalidade as propostas do MPLA e da UNITA sobre o repatriamento de capitais.

"Como sinal de reconciliação nacional entre angolanos propomos aos deputados para renderem homenagem ao falecido líder da UNITA, Jonas Savimbi", sugeriu Raúl Danda, obtendo como resposta silêncio total por parte da maioria do MPLA, mas também da CASA-CE, do PRS, da FNLA e ainda do próprio conjunto de eleitos da UNITA.

Para justificar a proposta, Raúl Danda lembrou que "Jonas Savimbi ensinou que os filhos de Angola deveriam unir-se para juntos construírem uma Nação, um destino e um futuro comum".

Como o Novo Jornal Online noticiou na quarta-feira, a UNITA, numa declaração pública, referia que a "captura" dos restos mortais de Jonas Savimbi, morto em combate a 22 de Fevereiro de 2002, é a demonstração de que o ódio entre os irmãos angolanos ainda não terminou.

"A UNITA convida todos os angolanos a reflectirem, patrioticamente e sem paixões, sobre como podemos aproveitar o legado de Jonas Savimbi para corrigirmos agora os males que ele combateu e que ainda nos perseguem, que nos impedem de construir o futuro de paz e de prosperidade para todos", acrescentava ainda na declaração distribuída à imprensa.

Segundo informações que chegaram a circular, as autoridades angolanas comprometeram-se a entregar, no ano de 2016, os restos mortais de Jonas Savimbi, do seu sobrinho Salupeto Pena, e do antigo Vice-Presidente da UNITA, Jeremias Chitunda, mortos nos confrontos pós-eleitorais, em 1992.

Jonas Savimbi morreu em combate no dia 22 de Fevereiro de 2002, na região do Lucusse, e o seu corpo foi formalmente sepultado na cidade do Luena, capital da província do Moxico.

A vontade da família é que o fundador da UNITA seja sepultado na sua terra natal.