No discurso de abertura deste fórum, uma ideia inicial da China e co-organizado com o Banco Mundial, iniciativa considerada pelo Chefe de Estado angolano "de uma grande importância, utilidade e pertinência pelo tema em destaque", Lourenço deixou a garantia de que Angola, assumiu "de forma prática e coerente a aplicação de medidas que têm por objectivo criar condições de estabilidade macroeconómica imprescindíveis à melhoria do ambiente de negócios no país".

"O Governo angolano está a implementar um programa de estabilização macroeconómica, com resultados bastante animadores no que se refere à consolidação fiscal, à redução da taxa de inflação, à normalização gradual do mercado cambial e de outros indicadores que (...) vêm contribuindo para uma melhoria acentuada do desempenho da nossa economia", disse o Presidente da República, esta terça-feira.

João Lourenço voltou a insistir que o mercado angolano está aberto aos investimentos em todos os sectores do interesse do investidor, "que pode no âmbito da sua decisão de realizar negócios no país, tomar em consideração as vantagens que derivam da sua privilegiada localização geográfica, da sua conectividade com outros mercados no mundo e em África, por via marítima, ferroviária e rodoviária, e com um serviço de telecomunicações de nível aceitável".

O Presidente lembrou também que Angola "dispõe de terras férteis, abundantes recursos hídricos e uma vasta gama de recursos minerais ainda inexplorados".

O Chefe do Governo reforçou que Angola está empenhada "em concretizar os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável, definidos pelas Nações Unidas para África, através do estabelecimento de sinergias entre o Estado e o sector privado, no quadro de parcerias público-privadas em projectos estruturantes", referindo-se, "em concreto", à construção e gestão de caminhos-de-ferro, de rodovias com cariz estratégico, de portos e aeroportos, de centrais hidroeléctricas ou de diferentes fontes de produção de energias alternativas.

"É imprescindível insistir na política de qualificação dos nossos povos e promover uma maior socialização do conhecimento e da inovação tecnológica, habilitando-os para uma melhor e mais positiva intervenção nos processos de desenvolvimento", disse João Lourenço, que considerou "igualmente a necessidade de promover um modelo de desenvolvimento global, que respeite a natureza e o Meio Ambiente".

O Fórum Investir em África decorre até quinta-feira em Barzzaville, capital da República Democrática do Congo, sob o lema "Parcerias para promover a diversificação económica e a criação de empregos nas economias africanas".