A Casa Civil do Presidente da República informou, esta segunda-feira, numa nota de imprensa, que, além de Rafael Marques, estarão presente Luaty Beirão e Alexandra Simeão, pela associação Handeca, bem como representantes de instituições ligadas à defesa dos direitos humanos, desenvolvimento rural, direito e promoção da juventude, como a Associação Justiça, Paz e Democracia (AJPD), representada por Maria Lúcia Silveira, a Associação Mãos Livres, representada por Salvador Freire, e a OMUNGA, por José Patrocínio.

O Centro Cultural Mosaiko, representado por Frei Júlio Candeeiro, a Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA), representada por Belarmino Jelembe, a AMANGOLA, representada por Job Capapinha, e os Conselhos Nacional e Provincial da Juventude foram outras das associações convidadas.

Luaty Beirão, o rapper activista pertencente ao grupo dos 15+2, julgados por co-autoria de actos preparatórios para uma rebelião, chegou a estar preso durante vários meses - tendo cumprido 36 dias de greve de fome na cadeia em protesto -, escreveu no Twitter que quando foi acusado de tentativa de insurreição garantiu que apenas entraria no Palácio presidencial como "ilustre convidado".

"Disseram que queria dar golpe de estado | Retirar do trono o Zé (José Eduardo dos Santos) | instalar-me no Palácio | Respondi: A única forma de algum dia entrar nesse mambo | Será pelo portão da frente | Como ilustre convidado", escreveu o activista, pouco depois de confirmar, na mesma rede, que irá estar presente na reunião com o Chefe de Estado.

As redes sociais serviram igualmente para que o Presidente da República, na sua conta oficial do Facebook, afirmasse que "a sociedade civil constitui um interlocutor incontornável do Executivo na concepção das políticas públicas, visando o bem-estar de todos os angolanos", o que motivou vários "gostos" e comentários da parte dos internautas.

Um desses comentários destacou-se e mereceu um "gosto" do PR: O de Olinda Cô Viê, que afirmou que "a iniciativa é boa", aproveitando para deixar alguns conselhos ao Chefe de Estado.

"Esperamos que do mesmo modo que o Presidente anunciou este encontro por esta via, igualmente nos informe por esta via sobre o balanço que fez do encontro, que temas foram abordados, etc", escreveu a internauta.

"Oxalá que nenhum dos convidados bajule ou fique trêmulo perante o Senhor, mas que levem diante de si as preocupações mais candentes da sociedade angolana, e menciono alguns deles: queremos emprego, queremos segurança social, segurança física e patrimonial, queremos justiça social, queremos SAÚDE e Educação, queremos a verdade sobre os acontecimentos no Monte Sumi e verdadeira justiça para kalupeteca, enfim, Senhor Presidente, tudo em Angola anda mal e precisa ser corrigido", acrescentou.