Na sala onde decorre o congresso estão as fotografias do primeiro presidente do MPLA, Ilídio Tomé Alves Machado (1956-1959), Mário Pinto de Andrade (1960-1962), António Agostinho Neto (1962-1979), José Eduardo dos Santos (1979-2018) e João Manuel Gonçalves Lourenço, actual presidente do partido.

"Essa é verdadeira história do MPLA", lia-se num do panfletos exibidos nos arredores onde decorre o congresso.

A delegada ao congresso, Joana Paulo, disse que, com esse reconhecimento, o MPLA sairá mais fortificado neste conclave.

"Está realidade foi escondida durante muitos anos, mas hoje está tudo clarificado", referiu, destacando a coragem da actual direcção.

Para o analista político, Tomás Komba, o MPLA não poderia continuar a esconder a verdade, pois isso acabaria por prejudicar a própria história da organização.

"Foi um grande passo dado pelo presidente João Lourenço e quem agradece são os militantes do MPLA e a própria história", referiu.

Recorde-se que na agenda dos trabalhos deste congresso, a que a imprensa só assistirá à abertura e ao encerramento, estão "ajustamentos pontuais" aos estatutos do partido e o alargamento do comité central, bem como a estratégia para as autátquicas.

Segundo os Estatutos do MPLA, qualquer órgão ou organização do partido, a nível nacional, ou um terço dos participantes ao último congresso ordinário realizado entre 17 e 20 de Agosto de 2016 podem propor ao comité central ou ao presidente do partido a convocação de um congresso extraordinário, indicando, na proposta, as razões, sendo que o comité central delibera, depois de consultar os órgãos intermédios.

O conclave aprovará também os documentos finais, como a resolução geral do 7.º Congresso Extraordinário, e as diferentes moções a apresentar.

No 6.º Congresso Extraordinário do MPLA, realizado em 08 de Setembro de 2018, João Lourenço, Presidente de Angola desde Setembro de 2017, foi eleito líder do partido com 98,58% dos votos, sucedendo a José Eduardo dos Santos, que presidia o partido desde 1979.