Numa mensagem publicada no Twitter, o governante defende que a proposta de lei de repatriamento de capitais apresentada pelo Executivo "corresponde literalmente às promessas de campanha do PR [Presidente da República] , sufragadas pelo eleitorado".

Segundo João Melo, a "isso chama-se coerência".

Para o ministro da Comunicação Social, "a oposição parlamentar discorda" dessa proposta "pois quer "fazer sangue"".

A afirmação do governante foi prontamente questionada pela plataforma ciberactivista Central Angola 7311, que, em resposta ao tweet de João Melo, lembrou que a "discórdia não começa nem se limita à oposição parlamentar", no que se refere à contestação da proposta do Executivo.

"Continuamos a dividir as coisas nesses termos entre os bem intencionados e os sedentos de guerra? Voltaremos a minimizar "os outros" como meros "frustrados sem sucesso académico?", interroga-se na intervenção da plataforma.

Atento à reacção às suas palavras, o governante esclareceu que "a expressão "fazer sangue" é uma metáfora. Não tem NADA a ver com guerra".

Apesar da clarificação, a Central Angola 7311 prosseguiu no reparo. "Uma metáfora inteligentemente escolhida para fazer perdurar em não tão esclarecidas mentes a "violência" (sangue) que sempre veio de um único lado (rebeldes travestidos em oposição). Ou isso, ou "apenas" uma metáfora infeliz", lê-se na derradeira mensagem publicada pela plataforma, sobre a qual João Melo já não se pronunciou.