A chefia deste importante órgão da União Africana foi definida para Angola neste período no início de 2019 e o País terá a sua primeira iniciativa já entre quinta e sexta-feira com uma reunião ministerial da área da Defesa dos Estados membros.

Esta organização pan-africana tem na área da segurança e paz uma das suas mais importantes apostas, considerando nos seus documentos estruturantes que o fim dos conflitos no continente é essencial para retirar África do subdesenvolvimento.

Para isso, incorpora um sistema operacional de alerta rápido para estancar situações de potencial conflito e prevenção, bem como a gestão e vigilância pós-conflito.

A reunião de Luanda via decorrer sob o lema "Reconciliação Nacional, Restauração da Paz, Segurança e Reconstrução da Coesão em África".

O CPS, criado à imagem e semelhança do Conselho de Segurança das Nações Unidas, é composto por 15 membros e a sua missão é a de garantir a execução das decisões da União Africana relacionadas com a paz, a estabilidade regional e continental e a segurança em África.

A composição deste órgão, de acordo com os estatutos do organismo pan-africano, obedece a um conjunto de regras cuja estrutura principal passa por desenhar a sua direcção com base no equilíbrio regional continental, sendo a capacidade inerente a cada um dos membros em contribuir para o esforço militar e organizacional/financeiro das missões de paz e ainda a vontade de cada um dos eleitos.

Dos 15 membros deste órgão, cinco são eleitos para mandatos de três anos e os restantes 10 para mandatos de dois anos.

Os ministros e as equipas nacionais presentes na reunião de Luanda do CPS vão ouvir de viva voz as experiências vivenciadas por alguns dos países que atravessam ou atravessaram períodos de convulsão militar ou de violência social, entre estes os casos do Mali, da RDC, da Argélia e do Ruanda.

Da parte angolana já foi afirmado que o objectivo maior da sua liderança do órgão continental é fazer avançar a dinâmica existente de livrar África de conflitos armados e convulsões internas de natureza político-militar.

O início da liderança rotativa do CPS acontece em simultâneo com a celebração do 43º aniversário da adesão de Angola à ONU.

A então República Popular de Angola aderiu como membro de pleno direito às Nações Unidas em 1976, uma ano após a independência, através da resolução 397/76