"Tendo em vista o tão grande acontecimento, a ter lugar na aldeia de Lopitanga, município de Andulo, a sub-comissão de comunicação e marketing informa que o credenciamento dos órgãos de comunicação social vai decorrer de 25 a 30 de Março de 2019, no Complexo Sovsmo, em Viana, Luanda", diz uma nota imprensa assinada pelo seu coordenador, Anastácio Ruben Sicato.

O coordenador da comissão de exéquias pela parte da UNITA, Ernesto Mulato, disse ao NJOnline, via telefone, a partir do Bié, onde se encontra em missão de serviço, que oficialmente não há ainda resultados de DNA, mas acrescentou que a comissão mista UNITA e Governo esteve reunida na segunda-feira para analisar alguns detalhes.

"Não participei na reunião, mas mantém-se o programa inicial relativamente ao acto de transladação dos restos mortais do líder histórico da UNITA para serem enterrados em Lopitanga no mês de Abril", acrescentou Ernesto Mulato sem entrar em detalhes.

Nos últimos dias, várias figuras influentes da UNITA, em declarações aos órgãos da comunicação social, vêm admitindo os atrasos nos exames de DNA dos restos mortais de Jonas Savimbi e a necessidade de organizar as cerimónias que podem adiar as exéquias fúnebres, ainda formalmente agendadas para 06 de Abril.

Os restos mortais de Savimbi, que estavam no Luena, província do Moxico, já foram exumados e deverão ser depois depositados no cemitério de Lopitanga, município de Andulo, província do Bié, no centro do país.

O Governo angolano garante que estão criadas as condições para a exumação dos restos mortais do antigo líder da UNITA, Jonas Savimbi, mas avisou que o funeral do fundador do partido "não terá honras de Estado".

A posição havia sido transmitida pelo ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Pedro Sebastião.

Segundo Pedro Sebastião, Jonas Savimbi," não pertencia à família governamental quando faleceu".

Pedro Sebastião frisou que não existem razões para se fazer paralelismos com o recente (2018) funeral de Estado do general Arlindo Chenda Pena "Ben-Ben", antigo chefe-adjunto do Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA) e ex-comandante do antigo exército da UNITA, cujos restos mortais permaneciam desde 1998 na África do Sul.