A UNITA, sob liderança de Adalberto Costa Júnior, apresentou, recentemente, queixa-crime contra a juíza que determinou o desalojamento do maior partido na oposição da sede onde funcionou, durante anos, o seu Secretariado Municipal no Lobito, província de Benguela.

O porta-voz dos "maninhos", Marchal da Dachala, diz existirem documentos que comprovam que o imóvel em causa terá sido comprado na totalidade em 2001, estando avaliado, segundo o responsável, em milhões de kwanzas.

"O antigo proprietário vendeu o imóvel depois de a UNITA ter comprado a uma outra pessoa, alegando o não-pagamento da renda por longos anos", explicou o porta-voz do "galo negro", para quem a situação resvala mais para questões de natureza política, ao invés da justiça tal, como a Constituição da República de Angola prevê.

"Estamos lesados com esta situação, estamos a desencadear os mecanismos judiciais necessários para que a justiça seja observada e haja desfecho do caso por conveniência política", alertou o alto dirigente da oposição.

"Há um rosto judicial, mas o interesse por detrás desta história é político. Temos mais outras situações, mas por que razão só agora estes casos vêm à ribalta?", interrogou Marchal da Dachala, para quem, na visão dos membros do seu partido, "existem interesses partidários por detrás deste caso.

O dirigente da UNITA lamentou o facto de o sistema de justiça tomar medidas desta natureza, pelo que entende haver maior necessidade de uma mesa redonda "Jango" a nível nacional, em busca de consenso e diálogo entre os angolanos, para pensar o País como um todo.

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