Segundo a Polícia Nacional, esta operação surge devido ao crescimento exponencial de estrangeiros que estão ilegalmente no País e se dedicam à exploração ilícita e contrabando de minerais estratégicos, exploração de madeira e criminalidade comum.

Ao Novo Jornal, a PN assegurou que na província de Cabinda, 30% da população penal é estrangeira, "o que é gravíssimo".

A operação abrange todas as províncias angolanas com ligação terrestre com a RDC e Zâmbia, e inclui a província de Luanda.

Em declarações à imprensa, o 2º comandante-geral da Polícia Nacional, comissário-chefe Orlando Bernardo, ressaltou que esta operação visa reduzir o índice de criminalidade cometida por cidadãos estrangeiros.

"É uma necessidade, dado o aumento exponencial de estrangeiros ilegais que se dedicam ao crime. A operação pretende imprimir maior rigor nas medidas de prevenção e combate à imigração ilegal e crimes conexos, para planear e executar acções operacionais específicas para inverter o quadro actual", afirmou.

Só nas últimas 24 horas, foram apreendidos mais de 5.000 litros de gasóleo e gasolina e detidos 163 cidadãos estrangeiros, provenientes da República Democrática do Congo.

Recentemente, a governadora provincial da Lunda-Norte, Filomena Miza, mostrou-se preocupada com a questão da segurança na fronteira com a RDC, e pediu ao ministro do Interior, Manuel Homem, o reforço de efectivos e meios a nível da Polícia de Guarda Fronteira (PGF), para manter segura a fronteira que diariamente tem sido violada.

Segundo a governadora, metade dos cidadãos congoleses repatriados acabam por regressar à província no mesmo dia, desafiando o Estado.

Ao Novo Jornal, uma fonte do PN disse que situação idêntica tem ocorrido também nas províncias de Cabinda, Zaire e Uíge.